sexta-feira, 24 de julho de 2020

Como fazer o controle financeiro para superar o coronavírus

Foto: Freepik
Com as restrições atuais de circulação, de consumo e de comércio, as empresas foram diretamente afetadas. Isso vale especialmente para as micro e pequenas empresas, que representam a maioria dos 6,4 milhões de CNPJs no Brasil.

Ainda que em alguns lugares as medidas estejam se afrouxando, o desemprego, o receio da perda da renda e o medo de contrair o vírus fazem com que as coisas estejam longe de serem consideradas “normais”. Em menor ou maior grau, todas as empresas vão sentir o impacto dessa crise. E para conseguir manter o negócio em ordem e se preparar para prosperar no final da crise, é essencial entender como fazer o controle financeiro durante o Coronavírus.

Dentre os desafios enfrentados pelas empresas de todos os portes com a pandemia e o isolamento social, estes são os principais: incerteza sobre o futuro, queda no faturamento, atrasos nos pagamentos (todo mundo está passando pela crise...) e folha salarial com a empresa fechada.

Agora que você já conhece os principais desafios provocados pela pandemia do Covid-19 e pelo isolamento social, é hora de entender como agir para sobreviver à crise.

 SOLUÇÕES:

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Faça uma projeção de despesas: Por mais complexo que seja projetar o futuro em um momento de completa incerteza, vale a pena projetar as suas despesas ao longo dos próximos meses, se a situação não mudar. Assim, você se prepara para o pior cenário, e descobre quanto precisa para arcar com as suas contas.

Gaste apenas o essencial: Como as receitas diminuíram drasticamente, você precisa gastar apenas com o que é essencial para o futuro da empresa.

Segure os investimentos: Isso significa que aquele investimento que estava previsto ainda para o primeiro semestre vai precisar esperar algumas semanas ou meses. Não é hora de investir, porque você não sabe como estará a situação da sua empresa no futuro.

Priorize as pessoas: Em um encontro com economistas e empresários promovido pela XP Investimentos no dia 25 de março, o empresário Abílio Diniz, que é membro dos Conselhos de Administração do Grupo Carrefour e do Carrefour Brasil, foi claro: “Para o pequeno empresário: pague as pessoas e o resto, paciência. Algumas coisas serão prorrogadas. Vai passar". Neste momento de calamidade pública e isolamento social, é uma ótima ideia priorizar o pagamento da folha salarial, para depois arcar com as outras obrigações. Outras alternativas para lidar com os recursos humanos são antecipar férias e feriados, além de usar o banco de horas dos funcionários. Cada emprego mantido é um emprego a menos que precisa ser recuperado quando a crise passar, além de uma pessoa que terá mais capacidade de enfrentar o período de quarentena.

Negocie prazos com os fornecedores: Vale a pena entrar em contato com os seus fornecedores para negociar os prazos de pagamento diante da crise. Uma possibilidade é tratar com mais urgência o pagamento dos parceiros menores, e deixar as empresas maiores, que devem sobreviver à crise sem grandes percalços, para depois.

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Adie o pagamento de impostos: A primeira medida anunciada pelo Governo Federal às micro e pequenas empresas foi o adiamento do recolhimento do imposto do Simples Nacional por três meses. De acordo com o Governo, essa medida vai significar uma renúncia temporária de R$ 22,2 bilhões da União. A atitude deve beneficiar 4,9 milhões de empresas. Sem essas obrigações, você tem um fôlego extra para arcar com as outras despesas.

Acesse linhas de crédito para capital de giro: Entre as medidas anunciadas pelo Governo Federal para combater a crise está uma linha especial de crédito junto a bancos públicos, para beneficiar os micro e pequenos empresários que precisam de capital de giro para se sustentar. Informe-se junto ao seu banco preferido e faça os cálculos para descobrir se o empréstimo vale a pena na sua situação.

Venda vouchers: Uma das estratégias mais inteligentes para lidar com a crise é vender vouchers antecipados aos clientes. Diversos prestadores de serviço, como barbearias, restaurantes, centros de fisioterapia e consultórios em geral estão adotando a técnica de vender os serviços antecipadamente: o cliente paga agora, com um desconto, e pode usufruir do serviço quando a crise passar. Assim, o cliente recebe um desconto no futuro, e você garante um pouco de capital de giro no presente.

Faça promoções: Que tal aproveitar o momento de faturamento reduzido para se livrar daqueles itens que estão encalhados no estoque? Utilize a Internet e faça promoções dos seus produtos, com entrega a domicílio. Assim, você faz controle de estoque, garante um pouco de capital de giro e se livra do produto que estava ocupando espaço.

Crie um sistema de entregas: A restrição de circulação levou muitas pessoas a encomendarem todo e qualquer tipo de produto e serviço. Além dos restaurantes, que já estavam habituados ao sistema de entregas, outros estabelecimentos estão investindo nisso, como farmácias, supermercados, fruteiras e lojas de produtos naturais. Se essa é uma opção para sua empresa, vá em frente. As redes sociais, como Instagram e WhatsApp, são parceiras estratégicas nesse momento.

Adote o home office: Se você nunca pensou em implementar o home office na sua empresa, a hora é agora. Há diversas ferramentas que facilitam o trabalho remoto, tanto no que diz respeito a reuniões, acesso ao sistema administrativo, gestão empresarial, etc. Se o setor no qual sua empresa está inserida permite essa possibilidade, vale a pena investir e garantir que o faturamento não seja totalmente afetado em meio à crise.

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Prepare-se para a retomada: Por mais complexo e prolongado que seja esse processo de enfrentamento da pandemia, ela vai passar. As empresas que sobreviverem à crise e se planejarem para a retomada terão mais condições de recuperar rapidamente. Por isso, vale a pena gastar algum tempo dessa quarentena projetando novos produtos ou conhecendo o mercado, para sair na frente da concorrência quando a quarentena terminar.



Tecnologia para o controle financeiro: Uma das alternativas para a retomada após a crise é o investimento em tecnologia. Quando você automatiza os processos da sua empresa com um software de gestão, por exemplo, percebe ganhos de eficiência e produtividade, que podem fazer a diferença no longo prazo. Além disso, empresas que abraçam a tecnologia são mais ágeis, e têm mais chances de sobreviver aos diferentes ciclos econômicos.


No mais, BONS NEGÓCIOS!



Texto adaptado por Jairinho Pacheco
Fonte: Blog Conta Azul

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